Várias pesquisas vêm sendo feitas mundo afora, e mostram resultados positivos com a junção Cannabis e envelhecimento, como no uso em pacientes com Alzheimer, por exemplo.
Sabemos que a população está vivendo mais e com isso, algumas doenças do envelhecimento tendem ser mais presentes na sociedade. A junção Cannabis e envelhecimento tem gerado muitos estudos e discussões, sobretudo no uso do tratamento contra a demência que já tem mais de 1 milhão de pessoas acometidas no Brasil.
Com isso, cresce a busca por terapias que possam amenizar os sintomas. Pesquisas mostram que o Canabidiol (CBD), uma das várias substâncias presentes na Cannabis, pode sim ser uma saída. Essas pesquisas ainda são inconclusivas e muito polêmicas, a substância ainda está em fase de testes.
Várias pesquisas vêm sendo feitas mundo afora, e mostram resultados positivos quando usados em pacientes com Alzheimer. Há melhora em sintomas como agressividade e insônia. Porém, a sua recomendação de uso exige muita cautela.
Algumas pesquisas mostram que o CBD pode evitar a criação de proteínas malformadas relacionadas ao Alzheimer. Também há associação entre os canabinoides e a proteção às células nervosas. Mas ainda não foi comprovado em humanos.
Em 2019, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a fabricação e a venda de medicamentos à base de Cannabis, que deverão ter prescrição médica. Com a decisão, centenas de pacientes conseguiram acesso a medicamentos para tratar diversas doenças, entre elas o Alzheimer.
Uso de CBD para agressividade
Em relação ao uso do CBD, o Canabidiol, que é o derivado da maconha para tratar agressividade, também é uma tentativa de acerto e de erro. Quando tentamos medicamentos mais baratos, mais simples e não funcionam, pode sim tentar o Canabidiol de uma maneira off label. Ele ainda não está regulamentado pela Anvisa, mas eu tenho tido algumas respostas bastante positivas.
O que nós temos de experiência, apesar da não aprovação definitiva, é a utilização para casos de agitação e casos de apatia, mas isso ainda precisa de novas avaliações. Não tem como saber qual paciente irá reagir bem, e qual não vai reagir, temos que experimentar em cada um e ver o resultado.
Palavra foco: Cannabis e envelhecimento
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